A incorporação de empreendimentos imobiliários está inserida no pequeno grupo de atividades empresariais que apresentam ciclo operacional superior ao exercício social. O ciclo operacional é o período entre a aquisição de matéria-prima, a produção, a comercialização e o recebimento dos valores contratados, que normalmente é de 4 a 6 anos para edifícios residenciais (considerando o repasse bancário ao final da obra), enquanto o exercício social consiste em um período de 12 meses.

Essa peculiaridade faz com que o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários seja uma atividade tomadora de caixa, ou seja, que exige grande quantidade de capital de giro durante longos períodos, até que o investimento retorne acompanhado do lucro (payback).

Ainda que a venda de unidades na “planta” permita atenuar a necessidade de capital próprio e de terceiros, é comum que as prestações dos compradores não sejam suficientes para fazer frente ao fluxo de custos do cronograma da obra.

A exposição de caixa, portanto, é um dos parâmetros iniciais para a montagem da estrutura de capital do empreendimento, que pode ser realizada através de capital próprio do empreendedor ou juntamente com o capital de terceiros.